24 outubro 2006

molas

Entre as molas mecânicas, três são usadas em automóveis: a de flexão, em que uma lâmina ou mais juntas se flexionam; a de torção, situação descrita pelo próprio nome; e a helicoidal, que pode ser considerada uma mola de torção enrolada. O que caracteriza a torção é uma seção infinitamente pequena se torcer em relação à outra, e isso ocorre tanto na barra ou lâmina de torção quando na mola helicoidal.Há outro tipo de mola mecânica, cujo nome muitos erroneamente atribuem aos automóveis: a mola espiral. Utilizada nos relógios e nos mecanismos de corda de brinquedos, seu princípio de funcionamento é a flexão, não a torção. A confusão se deve à aparência da mola helicoidal, que se assemelha à da espiral. Depois vem a mola helicoidal, cuja instalação é bem mais simples e, por isso mesmo, domina o cenário mundial. Finalmente a mola de flexão — em geral um feixe de lâminas —, a menos eficiente das três, embora possa ser usada como elemento de ligação e assim economizar peso. Era o caso do DKW-Vemag, cujo elemento de ligação superior era a própria mola, e dos Fiats 500/600, em que fazia as vezes de elemento de ligação inferior.Existe um tipo de mola de flexão que consiste de lâmina única: a mola parabólica, como as utilizadas na suspensão traseira dos picapes Corsa, Strada e Courier e do utilitário esporte Blazer desde o modelo 2000. Sua desvantagem em relação ao tipo feixe é não haver histerese, o evento físico de uma lâmina atritar-se contra a vizinha. Embora facilite, até certo ponto, o trabalho do amortecedor de conter as oscilações, a histerese tende a produzir ruído, o que a mola parabólica evita. Há ainda a mola de borracha. Em princípio é um ótimo elemento elástico, devido à elevada histerese, mas sua aplicação em automóveis é um tanto difícil, além da baixa durabilidade comparada à da mola de aço.

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